terça-feira, maio 28

COOL



THE MAN I LOVE


"Algum dia ele vai chegar
O homem que eu amo
E quando ele vier ao meu encontro
Eu farei meu melhor para fazê-lo ficar
Ele vai olhar para mim e sorrir
Eu entenderei
Depois de alguns instantes
Ele vai segurar minha mão
E embora pareça absurdo
Eu sei que nós dois não diremos uma palavra"

[...]


NEGRO DRAMA



sexta-feira, maio 24

NAQUELA ESTAÇÃO - BOTUCATU A RAZÃO DAS MEMÓRIAS


"A sensação nostálgica que tive andando com Fábio pela noite em Botucatu, naquele junho de 2007, talvez tenha sido uma dessas tentativas de buscar nos tijolos e concretos algo que só estava em minha cabeça. O ponto é que eu não sabia que passado era esse que tentava achar. Hum… achei esses dias na minha caixa de e-mail.
Li seu nome na tela. Minha memória foi pegando no tranco. Será que era quem eu estava pensando? Fazia mais de 25 anos que nos separamos. Seria ela? Sim. Era. Mesmo estando do outro lado do país, alguns filhos, um marido alemão. Ela também não sabia se eu era eu. Se eu era aquele seu antigo namorado de 1985. E era.
Quando muito novos nós ficamos um tempo juntos. Clarissa. Clarissa Veloso Raschietto. A conheci em Mairinque, naquele já distante e dito 1985. Tinha parentes por lá. Foi uma das primeiras paixões da era de descobertas. Fui sempre assim, um cara que parece procurar amores difíceis. Ela era assim. Distante, uns 200 quilômetros que pareciam um milhão. Cabelo rebelde, pele branca, era uma mistura das duas etnias, negra e branca.
Visitei sua casa umas vezes. Uma, no natal, com meu camarada, o Gelo — aquele que trampava na Ferplast e fazia percussão no Sisal. Apesar do verão, a cidade era fria. Chegávamos à estação, que tinha ali uma cantina em que se vendia de tudo. Tomamos um café e logo ela chegou, com irmã e mãe. Lembro da casa em que foi a festa, em sua avó. Tinha um quintal com uma parreira de uvas imensa. Só entrava alguns fachos de sol. A beijei ali, muitas e muitas vezes. Claro que nos momentos de folga da vigília, pois sempre tinha um cão de guarda por perto. Eu com 16, ela, acho que com uns 14. A praça da igreja, iluminada com lâmpadas de natal. A noite, ora quente, ora gelada. Tudo muito leve. Parecia o toque de sua mão, o resvalo de seu lábio."

MaurícioToco

domingo, maio 19

ÂNGELA MARIA PRESTES









atriz, mãe, mulher, amiga, criança

...  Tenho um amor imenso por essa criança, e vê-la preparando outra vida, causa em mim a certeza da força irremediável da natureza. Tudo em Ângela, é vida, tudo nela pulsa. É uma menina que sorri com o olhar, fala segurando a tua mão, olhos nos olhos.
A mais bela imagem que tenho dela, guardo na lembrança, rindo, pulando do lagamar nas águas da Ilha do Cardoso junto a um monte de crianças.
Mas a menina some no palco... vira gigante! A lição mais cara que podia ter dela, foi vê-la chegar de São Paulo em minha casa com um violino na mochila pedindo para meu ex-marido ensinar a tocar o instrumento para uma cena de teatro. Impressionante a dedicação para uma única cena... Depois da estréia, como não pudemos ir vê-la no teatro em São Paulo, ela foi em casa, e na sala de jantar, tirou o violino e colocou-se a tocar... emocionante foi ver que o céu é o limite para esta criança!
Amiga de risos e de choros, que ficou quando todos partiram... Minha irmã, pra toda vida!
Quando ela ligou para me contar que esta grávida, só consegui pensar; que sorte linda terá esta criança, que alma abençoada terá desde o ventre.
Vendo-a linda e plena nas fotos que me mandou só pude pensar que "força estranha"... O tempo também parou pra eu olhar esta barriga... A vida é amiga da arte, é a parte que o sol me ensinou.



BARAFONDA



Repassando o convite da minha amiga Ângela Maria Prestes.

"A MULHER E A TARDE"


De Cecília Meireles, conhecia apenas alguns poemas, até que em minhas mãos veio parar este livro, "Vaga Música", que acabei de ler hoje. Tive que ler Cecília, para entender Gullar: "Pretendo que a poesia tenha a virtude de, em meio ao sofrimento e desamparo, acender uma luz qualquer, uma luz que não nos é dada, não desce dos céus, mas nasce das mãos e do espírito dos homens."

"O denso lago e a terra de ouro:
até hoje penso nessa luz vermelha
envolvendo a tarde de um lado e de outro.

E nas verdes ramas, com chuvas guardadas,
e em nuvens beijando os azuis e os roxos.

Perguntava a sombra: “Quem há pelo teu rosto?”
“Que há pelos teus olhos?” – a água perguntava.

E eu pisando a estrada, e eu pisando a estrada,
vendo o lago denso, vendo a terra de ouro,
com pingos de chuva numa luz vermelha…

E eu não respondendo nada.
Sonho muito, falo pouco.
Tudo são riscos de louco
e estrelas da madrugada..."

Cecilia Meireles.

sexta-feira, maio 10

BEBÊS



Apaixonante este documentário, lindos os quatro bebês!!! Dirigido pelo francês Thomas Balmès, em 2010, o documentário trata da chegada de quatro bebês, em quatro partes distintas do mundo. Durante um ano os bebezinhos são acompanhados em suas necessidades, transformações, descobertas... Quando termina, dá uma certeza que bebê é tudo anjo, mesmo!

SAMBA E AMOR




LEMBRANÇAS


[...]

sexta-feira, maio 3

A RAINHA DE VERSAILLES



Vou levar um tempo até poder com clareza dizer minhas impressões reais sobre este documentário... De tão chocada faltou-me palavras... Há momentos que dá vontade de rir muito, pois o absurdo é tanto, que você se pergunta se realmente existem seres humanos assim... O documentário de Lauren Greenfield, acompanha por dois anos a vida dos bilionários Jackie e David  que decidem construir a maior casa dos Estados Unidos, um castelo de 90 000 m², inspirado no Palácio de Versalhes, na França.
 Tendo como pano de fundo a construção a diretora mostra os meandros de uma sociedade do consumo, onde a valoração se dá através do que se tem.
O discurso de ambos é ... ??? Falta me realmente palavras... Quando o magnata em sua prepotência diz que o presidente Bush, só conseguiu invadir o Iraque porque ele financeiramente o ajudou e com leviandade ri, dizendo se não sabe se fez bem ou mal, ou quando seu filho compara as pessoas simples que compram em parcelas a perder de vista pacotes de estadia em seus hotéis , com parasitas ... Ah, claro as tomadas com cortes que a diretora faz entre as falas de Jackie e a babá, são capazes de produzir constrangimento... como um ser humano pode não enxergar o outro? como podemos viver em um mundo onde poucos tem muito e muitos não tem absolutamente nada, e até sua dignidade lhe é usurpada...
O interessante é que a diretora conseguiu acompanhar a derrocada financeira até o ponto onde a casa é confiscada... O que poderia causar algum contentamento de justiça social, é completamente apagado, pois percebe-se que eles não compreenderam nada... E apenas há uma mudança de mãos desse controle financeiro.

quarta-feira, maio 1

MATA-ME DE RIR... FALA-ME DE AMOR...



[...]

Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato mole
Dançar dans mes bras