sábado, janeiro 22

...CONFIGURAÇÕES!!!


MANUTENÇÃO NOS COMENTÁRIOS!!!



Desculpe o transtorno, tão logo eu e a máquina voltemos a nos entender, poderei publicar os comentários... Agradeço, desde já o carinho!

SOLUCIONADO O PROBLEMA EM 24.01.2011!!!

sexta-feira, janeiro 21

ASTRAÇAS E SUAS QUINZENAS



Eu repasso o convite da minha grande amiga Carmem Machado (elenco) ,para assistir a peça teatral Astraças e suas Quinzenas! A temporada segue até o mês de fevereiro (22) com duas sessões aos sábados e domingos, às 19 e 21 horas.
O espetáculo que tem sua estréia neste sábado (22), traz em seu elenco Carmem Machado, (já mencionada) Lidi Nascimento, Maria Helena Barbosa, Regina Claro, Solange Solis e Jairo Leme como ator convidado. E com trilha sonora original, assinada por João Leopoldo (qualidade por excelência!!! ).
Bom, além de ter dois amigos na peça (Carmem e João), estou muito curiosa quanto ao fio condutor da obra, mas já posso dizer que amei a semiótica feminina através das panelas! Espero que nos encontremos por lá, beijos e um ótimo espetáculo!!!!




Relembrando: Astraças e suas quinzenas De 22 de janeiro a 20 de fevereiro- Local Chalé Francês - em frente a estação ferroviária- Sorocaba - Entrada Franca

sábado, janeiro 15

VAPOR BARATO



...Esta noite sonhei, que andava pelas escuras vielas úmidas de Santos, a nortear-me ainda que distante para o mar, sempre o mar... O engraçado é que a alça do meu havaianas saiu, eu descalcei e tentei recolocá-la, aí subitamente pensei: isto não é um sonho, eu voltei...

BUDAPESTE


Terminei de ler Budapeste anteontem, acho eu! Gostei muito... Leitura fluída, em um enredo muito bem engendrado!
Ao ler Budapeste, relembrei de uma conversa com uma pessoa (alguém ligado ao teatro...Quem????) que queria comprar os direitos de uma peça para montar... ou uma coisa assim, bom mais enfim, sequer lembro da pessoa, muito menos irei lembrar o nome da obra... Só sei que era sobre dois homens completamente opostos, que viviam no período da  renascença, um primava pelo conhecimento e o outro pelo corpo. Em uma negociata, o primeiro comprou o corpo do segundo, na intenção de enxertar sua cabeça (mente privilegiada) em um corpo com todos os ideais de beleza! Conclusão; os anos passam e os dois homens se encontram e testificam que seus corpos exprimem naquele momento, exatamente suas antigas ações. O homem cuja cabeça era intelectual, destruiu seu  novo corpo em noites e noites de exaustivos estudos, má alimentação e bebidas, já aquele que possuía a cabeça que previlegiava os cuidados com o corpo, continuava sem adquirir grandes conhecimentos no entanto, cuidou do corpo doente que recebeu, e este encontrava-se perfeitamente belo...
O que esta história tem haver com Budapeste? É que o personagem principal, (narrado na primeira pessoa), José Costa (um individualista nato) constrói e desconstrói sua história, para em um fim surpreendente descobrir que se repetiu! Entretanto, neste caso o desfecho é surpreendente e cruel... Não, não vou contar o fim... Não sou dessas pessoas... Ok, você, venceu!!! Brincadeirinha...rs...
Só uma ressalva ao encontro de José Costa, com o filho já adulto (Joaquinzinho), em uma loja de sucos no Brasil, meio Janet Clair!!!  Mas aqui pensando, nos olhos do Chico... Perfeito, perfeito, pura licença poética... Retiro o que eu disse! Não está mais aqui quem falou...
De tudo a oralidade é impactante! Eu que de Budapeste, só sabia que era uma vez; Buda de um lado e Peste do outro e um "riozinho" no meio, apaixonei-me por Danúbio...
Pelos cafés, confeitarias, pães de abóbora...Paris do leste...

Fora da Hungria não há vida, diz o provérbio, e por tomá-lo ao pé da letra Kriska nunca se interessou em saber quem tinha sido eu, o que fazia, de onde vinha.

...Danúbio, negro, silencioso. Levava bom tempo para me convencer de que ele se movia.

Houve um tempo em que, se tivesse de optar entre duas cegueiras, escolheria ser cego ao esplendor do mar, às montanhas, ao pôr-do-sol no Rio de Janeiro, para ter olhos de ler o que há de belo, em letras negras sobre fundo branco.

...Como se esquece o dia de ontem e se retêm as lembranças mais profundas.Mas para quem adotou uma nova língua, como a uma mãe que se selecionasse, para quem procurou e amou todas as suas palavras, a persistência de um sotaque era um castigo injusto.

Querida Kriska, perguntei, sabes que somente por ti noites a fio concebi o livro que ora se encerra?

...Era em húngaro, única lingua do mundo que, segundo as más línguas, o diabo respeita.

...Então fui a Copacabana procurar as putas. Pagava para escrever nelas, e talvez lhes pagasse  além do devido, pois elas simulavam orgasmos que me roubavam toda a concentração.




segunda-feira, janeiro 10

ABERTO A COMENTÁRIOS


Quem acompanha meu blog, já deve ter percebido que não há como comentar as postagens...
Pois bem... Vejamos... O que direi ? ... Huummm... rs... É que é tão difícil ser avaliada, julgada...
Entretanto, tenho recebido dicas carinhosas para que eu abra a possibilidade de comentários! A primeira vez que isso aconteceu foi no "cine pipoca" - nossa as pessoas realmente tem uma relação mágica com os filmes!!! Acabei tendo conversas ótimas por causa daquela lista, mas em nenhuma delas saí sem uma bronca, tipo: "mas como você foi esquecer de...?"  E agora na última postagem, além de ter percebido um número bastante significativo na estatística, soube que muitas pessoas gostariam de comentar mas não puderam... Perdoem-me, se na maioria das vezes sou Dorothy caminhando pela estrada de tijolos amarelos, não é difícil de ver em mim, o espantalho, o homem  de lata e principalmente o leão covarde!
Um episódio emblemático, que resume bem do que eu estou falando foi a pouco tempo atrás, na última etapa de avaliação para o mestrado (a entrevista), meu Deus, que suplício... Resolvi perguntar primeiro como era uma entrevista de mestrado para um amigo muito querido, bom digamos que ele tenha sido bastante didádico - " vão tentar de destruir, te humilhar"...rs...
Lá eu, sentada em um corredor escuro, uma chuva torrencial, e pessoas silenciosas saindo uma a uma daquela salinha iluminada lá ao fundo... A última; heis me aqui! Três doutores, sentados a minha frente e o primeiro a falar, pareceu-me do início ao fim o mais severo:" - Tudo bem?" sabia que era uma pergunta formal, que não queriam realmente saber como eu estava passando, era só uma forma de começar um diálogo, mas como eu já tinha resolvido que nem tentaria disfarçar meu despreparo, respondi de imediato: "- Não!" Reigotta, um dos doutores parou de brincar com sua bic entre os dedos e me perguntou "Por que você não esta bem?" Eu: - Por que vou ser julgada pelo que eu sei, e isso me dá medo! Bom, o que se seguiu foram cinquenta e cinco minutos de entrevista, muitas, muitas perguntas... Como João Leopoldo, um dia comentou "parecia que eu estava em um filme de Stanley Kubrick, e alguma coisa ia dar errado" e deu... "Por favor, fale sobre a o intermédio da violência simbólica e a concreta sob a visão de... (nem sei como pronunciar o nome do pensador, era tão cheia de consoantes...nem uma vogal para eu me apegar ao som) ... "Não sei"... Ai, mil borboletas bateram suas asas geladas em meu ventre, eu queria me levantar, me desculpar pelo tempo perdido e sumir, afinal estávamos falando do meu projeto, que eu fiz, não de um assunto que eu sequer tinha ouvido falar... Mas quem podia me destruir, me humilhar, foi de uma generosidade tão singular... "Depois, lhe passarei o nome é muito importante que você conheça, irá acrescentar muito a tua pesquisa" e pois a falar sobre do que se tratava o assunto...
Saí de lá, tão feliz, mas tão feliz... Com uma sensação que deveria ter levado um vinho, pois passaria tardes e tardes conversando com aqueles homens tão gentis, até esqueci que eu fui julgada e avaliada...
Bem, tudo isso pra dizer que podem postar comentários, viu?... rs... É a minha cara...rsrsrsrs ... Beijos a todos e sejam bem vindos!

sexta-feira, janeiro 7

ES MUSS SEIN


"Es muss sein, es muss sein!" Eu que perdi tanto, hoje encontrei duas coisas caras a mim... Budapeste e uma amiga, quase uma torre, quase uma pluma, quase uma irmã... As duas coisas eu perdi pelo caminho, pela total falta de habilidade em separar o peso da leveza...
Acordei com a urgência de desencaixotar todos os livros, libertá-los... E nesta minha tentativa de arrumar, ordenar, cuidar (não é preciso ter estudado psicologia para entender minha motivação) encontrei ali quietinho, ainda com a página marcada do nosso último encontro, Budapeste..."Num destes dias, tendo Kriska colada em meu peito no vagão lotado, sem que ela me perguntasse nada, me deu na veneta pronunciar a palavra szívem. Szívem quer dizer meu coração, e ao falar mirei seus olhos, para saber se a pronúncia estava correta. Kriska porém olhou para baixo, para os lados, para a janela, os anúncios, o túnel, seus olhos fugiram do assunto"...
 Quando comecei a lê-lo, tempos atrás, amei de pronto, mas parei... "Há tempo para todo o propósito debaixo do céu..." E era tempo de estar calada... Até a alma!
Fiquei tão, mas tão feliz ao vê-lo, pois lembrei que tive um dilema moral, tirei ele da pilha de doação para CDP (Centro de Detenção Provisória), mesmo sabendo que não ia lê-lo... Acho que é por isso que fiquei tão feliz, meu egoísmo infantil se dissipou em um gesto de amor que ´só quem ama livros (da celulose, ao pó, da história a dedicatória) pode me compreender... Abracei-o fortemente por não tê-lo perdido e dentro de mim, de pronto a canção do Toquinho inundou meus pensamentos... Serei sempre seu confidente fiel/ Se seu pranto molhar meu papel... Quando surgirem seus primeiros raios de mulher /A vida se abrirá num feroz carrossel /E você vai rasgar meu papel / Só peço a você um favor /Se puder /Não me esqueça num canto qualquer...
O dia seguiu seu novo rumo, me fazendo lembrar que "O destino conduz o que consente e arrasta o que resiste' (Séneca- papai do mais famoso piromaníaco), entretanto como se eu fosse o miserável homem a implorar a Beethoven "Tem  de ser? A voz do destino insistia em ecoar  "Sim, tem que ser! Tem que ser!” "Der schwer gefasste Entschluss", a decisão gravemente medida’’
Procurei por Kundera, o qual somente li há anos atrás para conhecer uma alma, e decepcionei-me inteiramente, pois não havia heróis, ninguém era feliz, e eu não era nem peso nem leveza... Coisa que a vida tratou-me de me ensinar... "O peso, a necessidade, o valor são três noções íntima e profundamente ligadas: só é grave aquilo que é necessário, só tem valor aquilo que pesa."
E como uma criança que vai cair, e olha para os lados, não vi ninguém, não que eu não os tenha, pois sem merecimento algum, e as vezes nem entendendo por que sou cercada dos melhores... Mas há momentos que nem os "melhores" bastam... Pois precisamente quando te depara com perguntas para as quais não há resposta, que marcam os limites das possibilidades humanas e que traçam as fronteiras de nossa existência (A alma e o corpo, de A insustentável leveza do Ser), só quem é leveza por ser também peso pode entender que eu atravesso o presente de olhos vendados, mal podendo pressentir aquilo que estou vivendo... E só mais tarde, quando a venda me for retirada, poderei perceber o que foi vivido e compreender o sentido do que se passou...
Liguei para essa pessoa, a mais mulher entre as mulheres que já conheci, e ainda que a quilómetros de distância, pegou-me no colo e enfim pude chorar...
Hoje reencontrei o livro que já consigo não aprisionar em minhas mãos ( eu que julgava que seria horrível deixa-lo em uma penitenciaria...quanto apego, quanta presunção...) e uma irmã que deixei pelo caminho sem saber que "Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr" (Eclesiastes)...