sábado, janeiro 15

BUDAPESTE


Terminei de ler Budapeste anteontem, acho eu! Gostei muito... Leitura fluída, em um enredo muito bem engendrado!
Ao ler Budapeste, relembrei de uma conversa com uma pessoa (alguém ligado ao teatro...Quem????) que queria comprar os direitos de uma peça para montar... ou uma coisa assim, bom mais enfim, sequer lembro da pessoa, muito menos irei lembrar o nome da obra... Só sei que era sobre dois homens completamente opostos, que viviam no período da  renascença, um primava pelo conhecimento e o outro pelo corpo. Em uma negociata, o primeiro comprou o corpo do segundo, na intenção de enxertar sua cabeça (mente privilegiada) em um corpo com todos os ideais de beleza! Conclusão; os anos passam e os dois homens se encontram e testificam que seus corpos exprimem naquele momento, exatamente suas antigas ações. O homem cuja cabeça era intelectual, destruiu seu  novo corpo em noites e noites de exaustivos estudos, má alimentação e bebidas, já aquele que possuía a cabeça que previlegiava os cuidados com o corpo, continuava sem adquirir grandes conhecimentos no entanto, cuidou do corpo doente que recebeu, e este encontrava-se perfeitamente belo...
O que esta história tem haver com Budapeste? É que o personagem principal, (narrado na primeira pessoa), José Costa (um individualista nato) constrói e desconstrói sua história, para em um fim surpreendente descobrir que se repetiu! Entretanto, neste caso o desfecho é surpreendente e cruel... Não, não vou contar o fim... Não sou dessas pessoas... Ok, você, venceu!!! Brincadeirinha...rs...
Só uma ressalva ao encontro de José Costa, com o filho já adulto (Joaquinzinho), em uma loja de sucos no Brasil, meio Janet Clair!!!  Mas aqui pensando, nos olhos do Chico... Perfeito, perfeito, pura licença poética... Retiro o que eu disse! Não está mais aqui quem falou...
De tudo a oralidade é impactante! Eu que de Budapeste, só sabia que era uma vez; Buda de um lado e Peste do outro e um "riozinho" no meio, apaixonei-me por Danúbio...
Pelos cafés, confeitarias, pães de abóbora...Paris do leste...

Fora da Hungria não há vida, diz o provérbio, e por tomá-lo ao pé da letra Kriska nunca se interessou em saber quem tinha sido eu, o que fazia, de onde vinha.

...Danúbio, negro, silencioso. Levava bom tempo para me convencer de que ele se movia.

Houve um tempo em que, se tivesse de optar entre duas cegueiras, escolheria ser cego ao esplendor do mar, às montanhas, ao pôr-do-sol no Rio de Janeiro, para ter olhos de ler o que há de belo, em letras negras sobre fundo branco.

...Como se esquece o dia de ontem e se retêm as lembranças mais profundas.Mas para quem adotou uma nova língua, como a uma mãe que se selecionasse, para quem procurou e amou todas as suas palavras, a persistência de um sotaque era um castigo injusto.

Querida Kriska, perguntei, sabes que somente por ti noites a fio concebi o livro que ora se encerra?

...Era em húngaro, única lingua do mundo que, segundo as más línguas, o diabo respeita.

...Então fui a Copacabana procurar as putas. Pagava para escrever nelas, e talvez lhes pagasse  além do devido, pois elas simulavam orgasmos que me roubavam toda a concentração.




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