sexta-feira, maio 3

A RAINHA DE VERSAILLES



Vou levar um tempo até poder com clareza dizer minhas impressões reais sobre este documentário... De tão chocada faltou-me palavras... Há momentos que dá vontade de rir muito, pois o absurdo é tanto, que você se pergunta se realmente existem seres humanos assim... O documentário de Lauren Greenfield, acompanha por dois anos a vida dos bilionários Jackie e David  que decidem construir a maior casa dos Estados Unidos, um castelo de 90 000 m², inspirado no Palácio de Versalhes, na França.
 Tendo como pano de fundo a construção a diretora mostra os meandros de uma sociedade do consumo, onde a valoração se dá através do que se tem.
O discurso de ambos é ... ??? Falta me realmente palavras... Quando o magnata em sua prepotência diz que o presidente Bush, só conseguiu invadir o Iraque porque ele financeiramente o ajudou e com leviandade ri, dizendo se não sabe se fez bem ou mal, ou quando seu filho compara as pessoas simples que compram em parcelas a perder de vista pacotes de estadia em seus hotéis , com parasitas ... Ah, claro as tomadas com cortes que a diretora faz entre as falas de Jackie e a babá, são capazes de produzir constrangimento... como um ser humano pode não enxergar o outro? como podemos viver em um mundo onde poucos tem muito e muitos não tem absolutamente nada, e até sua dignidade lhe é usurpada...
O interessante é que a diretora conseguiu acompanhar a derrocada financeira até o ponto onde a casa é confiscada... O que poderia causar algum contentamento de justiça social, é completamente apagado, pois percebe-se que eles não compreenderam nada... E apenas há uma mudança de mãos desse controle financeiro.

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