sexta-feira, outubro 26

AQUI




Vim aqui para contar os sinos
que vivem no mar,
que soam no mar,
dentro do mar.

Por isso vivo aqui.

 (O mar e os sinos - Pablo Neruda).

SEXTA - FEIRA



quarta-feira, outubro 24

FETICHISMOS VISUAIS - CORPOS ERÓPTICOS E METRÓPOLE COMUNICACIONAL

Foto: NILTON FUKUDA/AE
"O corpo não é natural porque, em cada cultura e em cada indivíduo, o corpo é constantemente preenchido por sinais e símbolos. Não somente não há nada de natural no corpo, mas também a pele não é o limite: e quando a pele transpões seus limites, ela se liga aos tecidos "orgânicos" da metrópole. Nesse sentido, o corpo não é apenas corporal. O corpo expandido em edifícios, coisas-objetos-mercadorias, imagens, é aquilo que se entende aqui por fetichismo visual"

"[...] um corpo-panorama cheio de símbolos que podem se decodificar somente no interior das diversas culturas, das quais frequentemente nem mesmo a pesquisa antropológica consegue entender o significado profundo, frequentemente complexos e densos valores cosmológicos gravados nas peles dos iniciados."

(Massimo Canevacci).

SAMPA, POR FUKUDA.














Nilton Fukuda, é fotógrafo do Estadão! Incrível fotógrafo, e bem pode ser chamado de cronista do cotidiano, do contemporâneo, da metrópole... em seu esplendor, em seu horror... Gosto do olhar dele, sobre as coisas, sempre sagaz, mas sobretudo sempre em busca da beleza, ainda quando não há...




PEDRO LUIZ E A PAREDE



domingo, outubro 21

INCLINADO EN LAS TARDES



MILAGRE DA TERRA, DOS PEIXES E DO FOGO


A exposição das obras do escultor Franscisco Brennand, intitulada "Milagre da Terra, dos peixes e do fogo", está aberta no SESC Sorocaba, e é incrível! Toda vez que vou lá fico horas a apreciar tanta beleza. A escultura Palas Atenea é a que mais gosto !
O grande atelier deste escultor fica em Recife, e é chamado Oficina Brennand (antiga fábrica de cerâmica do seu pai - http://www.brennand.com.br ), quase como um país das maravilhas de Lewis Carroll, cheio de símbolos fálicos. Melhor definição fez o poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, quando traduziu em palavras o universo de Brennand:

"Fechar na mão fechada do ovo
a chama em chama desateada
em que ele fogo se desateia
e o ovo ou o forno tem domadas
então prender o barro brando no ovo
de não sei quantas mil atmosferas
que o faça fundir no útero fundo
que devolve à pedra a terra que era"







sábado, outubro 20

SENTIVER



Trabalho desenvolvido na escola estadual Prof. Benedicto Leme Vieira Neto, situada em Salto de Pirapora, sob o olhar da professora Carmem Machado. Durante as aulas os alunos atraves dos jogos e improvisações criaram um conjunto de cenas.
Neste belíssimo trabalho onde o corpo, movimento e espaço dialogam de forma harmoniosa, percebe-se, não uma, mais várias trajetórias que se tocam, e nos fala entre tantas e outras coisas, sobre a delicadeza do caminho... Carmem, crianças, parabéns!!!!! Amo, todos vocês!


RECONVEXO

sexta-feira, outubro 19

QUIERO SABER

 

B. Olivier

Quiero saber si usted viene conmigo
saber si al fin alcanzaremos
la incomunicación: por fin
ir con alguien a ver el aire puro,
la luz listada del mar de cada día
o un objeto terrestre
y no tener nada que intercambiar
por fin, no introducir mercaderías
como lo hacían los colonizadores
cambiando barajitas por silencio.
Pago yo aquí por tu silencio.
De acuerdo: yo te doy el mío
con una condición: no comprendernos.  
(Os sinos e o mar- Pablo Neruda).

quinta-feira, outubro 18

SILÊNCIO



Começo a escrever sabendo que é terefa inútil... Como descrever o mar através dos vidros? ...Desço pouco a pouco em oceanos abissais, onde o silêncio me envolve, enlaça, abraça e sinto que enfim estou em casa. Como eu disse, tarefa inútil...

terça-feira, outubro 16

EU QUASE QUE NADA NÃO SEI.

Mas
 desconfio
 de
                 muita
                                               coisa.


(Guimarães Rosa).

domingo, outubro 14

ANGELUS NOVUS


Angelus Novus - Paul Klee
E como nada escapa ao desejo de consumir tudo e de contribuir para esta gigantesca transmutação de todas as coisas em moeda de troca, ele se pergunta se o sonho do homem, hoje não é simplesmente o de partilhar a existência de Mickey, de viver num Disneyword em que o conforto exterior serve de decoração lisonjeira para nossa indigência interior.
Benjamin deu um rosto angelical à sua filosofia da história, o de um quadro de Paul Klee: Angelus Novus, o anjo novo. Este anjo não dá aulas, não promete o paraíso. Tem olhos arregalados, a boca aberta e suas asas estão estendidas. Estará aguardando um sinal de esperança, o anúncio de uma redenção? Não se sabe, pois seu rosto está voltado para o passado. Contempla a história passada. Nós, simples espectadores, vemos uma série de acontecimentos, uma evolução para algo melhor. O anjo vê apenas catástrofes, ruínas que se acumulam a seus pés. Gostaria de levar socorro, mas uma tempestade vinda do paraíso incha-lhe as asas ; ele não consegue mais dobrá-las. "Esta tempestade, diz Benjamin, o transporta para o futuro, para o qual o anjo não cessa de voltar as costas enquanto os escombros, à sua frente , sobem ao céu. Damos o nome de progresso a esta tempestade".

O que é estética? Marc Jimenez.

sábado, outubro 13

INCONFORMISMOS POÉTICOS DÃO ADEUS ÀS GAVETAS



Luiz Fernando Gomes, professor da Uniso, acaba de lançar o livro 'Palavrando', que reúne poesias escritas anos atrás

Ele desenterrou as palavras escritas há 30 anos e agora as devolve à superfície em quase 150 páginas de delicados inconformismos. Doutor em Linguística Aplicada e professor do curso de Letras e de Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade de Sorocaba (Uniso), Luiz Fernando Gomes acaba de lançar seu primeiro livro "não acadêmico", o "Palavrando - Inconformismos Poéticos", pela editora Crearte, explorando outra faceta de sua pesquisa com linguagens. "Usei o papel como suporte, mas explorei a linguagem multimodal, combinando texto com imagem, tentei fazer como se fossem poesias visuais", explica Gomes, adiantando ao leitor que, além dos poemas, utiliza no livro imagens também criadas por ele.
Os poemas que constam na obra já foram escritos há anos e estavam engavetados. "Estavam num canto, esperando baixar toda poeira, toda a carga de emoções que continha neles. Queria saber até quando eu seria a mesma pessoa, depois de mudanças e mais mudanças somos mais ou menos os mesmos", fala ele, que voltou a abrir as gavetas no ano passado. Passados 30 anos, conta ele, viu que apesar do passar do tempo continua sentindo e vendo o mundo do mesmo jeito, e decidiu publicá-los. "É uma fase da vida da gente que começamos a olhar para o que a gente já fez e está pretendendo. Estava tentando entender como estavam as minhas emoções com relação a uma série de coisas... Os poemas são tão doidos como eu, mas melhores do que eu", considera.
Experiente na publicação de livros acadêmicos, o autor conta que expor suas angústias, reviver momentos, não foi uma experiência fácil. "Nos dois outros livros (acadêmicos), eu tinha apoio teórico, pesquisa, mas nesse a gente fica nu", compara ele, que percebeu um certo inconformismo - mas não uma revolta - sempre presente em sua obra, por isso o subtítulo. De acordo com ele, quando tinha que apresentar os livros sobre seus projetos de pesquisa acadêmicas às editoras, chegava firme e confiante de si, no entanto, quando procurou a editora para apresentar seus poemas "falava quase embaixo da mesa", conta sobre a produção, que foi apreciada pelo professor Armando Oliveira Lima, muito antes de Gomes pensar em publicar. Aliás, a importância de Armando e de Agenor Oliva de Morais Júnior para a publicação é explicitada logo no início da obra, em forma de homenagem.
Sem especificar nomes, Gomes conta que suas referências são a soma de muitos poetas que leu. "Eu, no meu caso, li muitos deles, está cheio de poetas muito bons, mas na hora de escrever tento não pensar neles, tento traduzir as imagens em palavras, as minhas poesias são imagéticas", conclui. Na apresentação do livro, o professor e teatrólogo Roberto Gill Camargo escreve que o livro é uma confissão, quase uma autobiografia em verso, metáforas e referências. "À medida que folhamos o livro, deparamo-nos com impressões, conceitos, inquietações, descrições de momentos, dor e prazer de existir e ao mesmo tempo de questionar a rotina, a palavra, o amor, a natureza", resume.

O livro "Palavrando - Inconformismos Poéticos", de Luiz Fernando Gomes está à venda na Livraria Nobel do shopping Villàggio (Praça Pio 12, Santa Rosália), por R$ 20. Interessados também podem adquiri-lo através de contato direto com o autor, através do email: luiz.gomes39@gmail.com.



A Paisagem

"A Paisagem
Não muda a cada viagem
Mudo eu
Assisto à sua passagem da janela
Da pista
De mim
Árvores são árvores
Eu não
Sou quinze vinte trinta anos
Diferente
Transformo contagio
Insisto Revisto
Minha poesia vai e vem
Apenas meu nome se mantém"



Lanço meu poemas

"Lanço meu poemas
Num momento em que duvido deles
E duvido de mim
Não sou poeta
O que há é um eco sem fim
De palavras gritando aquidentro
E nessas folhas velhas de
gaveta. Os versos desse livreto
São um engano
Traições de uma caneta Bic
Talvez você se preocupe em ler
Talvez a palavra escrita o in­comode
Mas tire o band-aid devaga­rinho
O livro é uma chaga aberta
Que dói diariamente
E duvide, amigo, dos versos,
das canções
Das aparências
E duvide do que eu digo"



Maíra Fernandes

sexta-feira, outubro 12

LEVIATÃ

Abraham Bosse 1651
Do mesmo modo que tantas outras coisas, a natureza (a arte mediante a qual Deus fez e governa o mundo) é imitada pela arte dos homens também nisto: que lhe é possível fazer um animal artificial. Pois vendo que a vida não é mais do que um movimento dos membros, cujo início ocorre em alguma parte principal interna, por que não poderíamos dizer que todos os autômatos (máquinas que se movem a si mesmas por meio de molas, tal como um relógio) possuem uma vida artificial? Pois o que é o corarão, senão uma mola; e os nervos, senão outras tantas cordas; e as juntas, senão outras tantas rodas, imprimindo movimento ao corpo inteiro, tal como foi projetado pelo Artífice? E a arte vai mais longe ainda, imitando aquela criatura racional, a mais excelente obra da natureza, o Homem. Porque pela arte é criado aquele grande Leviatã a que se chama Estado, ou Cidade (em latim Civitas), que não é senão um homem artificial, embora de maior estatura e força do que o homem natural, para cuja proteção e defesa foi projetado. E no qual a soberania é uma alma artificial, pois dá vida e movimento ao corpo inteiro; os magistrados e outros funcionários judiciais ou executivos, juntas artificiais; a recompensa e o castigo (pêlos quais, ligados ao trono da soberania, todas as juntas e membros são levados a cumprir seu dever) são os nervos, que fazem o mesmo no corpo natural; a riqueza e prosperidade de todos os membros individuais são a força; Salus Populi (a segurança do povo) é seu objetivo; os conselheiros, através dos quais todas as coisas que necessita saber lhe são sugeridas, são a memória; a justiça e as leis, uma razão e uma vontade artificiais; a concórdia é a saúde; a sedição é a doença; e a guerra civil é a morte. Por último, os pactos e convenções mediante os quais as partes deste Corpo Político foram criadas, reunidas e unificadas assemelham-se àquele Fiat, ao Façamos o homem proferido por Deus na Criação.
Para descrever a natureza deste homem artificial, examinarei:
Primeiro, sua matéria, e seu artífice; ambos os quais são o homem.
Segundo, como, e através de que convenções é feito; quais são os direitos e o justo poder ou autoridade de um soberano; e o que o preserva e o desagrega.
Terceiro, o que é um Estado Cristão.
Quarto, o que é o Reino das Trevas.
Relativamente ao primeiro aspecto, há um ditado que ultimamente tem sido muito usado: que a sabedoria não se adquire pela leitura dos livros, mas do homem. Em conseqüência do que aquelas pessoas que regra geral são incapazes de apresentar outras provas de sua sabedoria, comprazem-se em mostrar o que pensam ter lido nos homens, através de impiedosas censuras que fazem umas às outras, por trás das costas.
Mas há um outro ditado que ultimamente não tem sido compreendido, graças ao qual os homens poderiam realmente aprender a ler-se uns aos outros, se se dessem ao trabalho de fazê-lo: isto é, Nosce te ipsum, Lê-te a ti mesmo. O que não pretendia ter sentido, atualmente habitual, de pôr cobro à bárbara conduta dos detentores do poder para com seus inferiores, ou de levar homens de baixa estirpe a um comportamento insolente para com seus superiores. Pretendia ensinar-nos que, a partir da semelhança entre os pensamentos e paixões dos diferentes homens, quem quer que olhe para dentro de si mesmo, e examine o que faz quando pensa, opina, raciocina, espera, receia, etc., e por que motivos o faz, poderá por esse meio ler e conhecer quais são os pensamentos e paixões de todos os outros homens, em circunstâncias idênticas. Refiro-me à semelhança das paixões, que são as mesmas em todos os homens, desejo, medo, esperança, etc., e não à semelhança dos objetos das paixões, que são as coisas desejadas, temidas, esperadas, etc. Quanto a estas últimas, a constituição individual e a educação de cada um são tão variáveis, e são tão fáceis de ocultar a nosso conhecimento, que os caracteres do coração humano, emaranhados e confusos como são, devido à dissimulação, à mentira, ao fingimento e às doutrinas errôneas, só se tornam legíveis para quem investiga os corações. E, embora por vezes descubramos os desígnios dos homens através de suas ações, tentar fazê-lo sem compará-las com as nossas, distinguindo todas as circunstâncias capazes de alterar o caso, é o mesmo que decifrar sem ter uma chave, e deixar-se as mais das vezes enganar, quer por excesso de confiança ou por excesso de desconfiança, conforme aquele que lê seja um bom ou um mau homem.
Mas mesmo que um homem seja capaz de ler perfeitamente um outro através de suas ações, isso servir-lhe-á apenas com seus conhecidos, que são muito poucos. Aquele que vai governar uma nação inteira deve ler, em si mesmo, não este ou aquele indivíduo em particular, mas o gênero humano. O que é coisa difícil, mais ainda do que aprender qualquer língua ou qualquer ciência, mas ainda assim, depois de eu ter exposto claramente e de maneira ordenada minha própria leitura, o trabalho que a outros caberá será apenas verificar se não encontram o mesmo em si próprios. Pois esta espécie de doutrina não admite outra demonstração.
 Thomas Hobbes.

SONHO DE CONSUMO


Assistindo um documentario sobre arquitetura (minha nova paixão), descobri Jorge Hue, um arquiteto e sociólogo  que depois de muito e muito tempo me fez pensar que quero ter um lugar meu... Até aqui foi um longo processo de enterrar meus sonhos, deixar meu enxoval pra trás, minha manta de cavalinho que ganhei do meu pai quando fiz treze anos, a mesa de vidro, os quadros, as paredes, os copos quebrados, ver uma casa desmontada em todos os sentidos... recomeçar do nada! Pensei que nunca mais ia ter alegria em imaginar um lar, mas agora que a tristeza não existe mais, vejo-me pouco a pouco pensando em uma casa.
Eu poderia passar horas ouvindo Jorge Hue falar... " Uma casa não é para aquele que pode pagar, mas para aquele que merece ter", "a casa brasileira é aquela de uma simplicidade cintilante!"
Bom, a primeira coisa que consigo pensar é em uma biblioteca, e fuçando por aí, encontrei esta imagem, pronto!!! Viverei para realizar este sonho (exagerada...rs...) mas é mesmo, linda, não?

quinta-feira, outubro 11

POR UM TEMPO



QUERUBIM



Venha ser de mim
Disciplinar meu beijo
Sem medo de partir
O segredo do teu beijo...
Clareceu, dia quis
Acordes para acordar
De acordo ao cantar
No amanhaceu, por um sim  
Disfarçar o pensar
E acampar do teu lado
Venha ser de mim
Modificar com jeito
Deixando ficar free
O segredo do teu beijo
Querubim, quero bis
Disfarçar o pensar
E acampar do teu lado

Carlinhos Brown.

QUINTA - FEIRA



SOL NEGRO



O DESTINO DAS IMAGENS


"No desencanto das grandes esperanças, ela encontrou seu emblema na pureza da pintura não-figurativa, opondo a lógica das formas coloridas a toda produção de imagens destinada ao consumo das semelhanças.Já faz algum tempo que essa identificação da modernidade artística à recusa da imagem voltou à ordem do dia."

"Brincar e aprender são dois opostos que os pedagogos progressistas insistem em querer conciliar. "

Jacques Rancière.


quarta-feira, outubro 10

LA NIÑA DE LA MUÑECA DE PALO


Alberto Korda, 1959.

Os ninguéns: os filhos de ninguém, os dono de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos,
morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam superstições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal,
 aparecem nas páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.”

Eduardo Galeano.

CODINOME BEIJA-FLOR



LEIA PARA UMA CRIANÇA




O projeto cultural do banco Itaú, "Leia para uma criança", esta com uma nova coleção de livros, que podem ser pedidos gratuitamente. Os livros desta nova coleção são: "O Ratinho, o Morango Vermelho Maduro e o Grande Urso Esfomeado", "Lino" e "Poesia na Varanda". Apenas tem que entrar no site, fazer o cadastro e aproximadamente em dez dias, recebe sem nenhum custo os livros! Aproveite!
Site:  http://www.itau.com.br/itaucrianca/ .


sábado, outubro 6

ESTÉTICA

A razão do belo escapa à razão... e Descartes o confessa ao padre Mersenne: "Quanto à vossa pergunta, a saber, se podemos restabelecer a razão do belo [...] o belo e o agradável significam apenas uma relação entre nosso julgamento e o objeto, e pelo fato de os julgamentos dos homens serem tão diferentes, não se pode dizer que o belo ou o agradável tenham alguma medida determinada"

(O que é estética? Marc Jimenez).



TEOGONIA - A ORIGEM DOS DEUSES

Musa lendo um pergaminho -Beócia . c. 435-425 a.C. , Museu do Louvre 

"Tão logo nascem, as Musas instauram o coro e a festa, acompanhadas da Graças (Khárites) e do Desejo (Hímeros). Este participa também do séquito de Afrodite, onde emparelha com Eros. A arte das Musas não é apenas persuasão, mas a da sedução, a envolvência da beleza e do apelo sensual. "

Jaa Torrano- estudo e Traduçao da obra´Teogonia, Hesíodo.